A briga em uma balsa por causa do uso de máscara está sendo investigada pela 16ª DP (Barra da Tijuca). O depoimento do hóspede de um hotel, apontado como o homem que atirou o barqueiro em no canal de Marapendi, estava previsto para a tarde desta segunda-feira (24).
O barqueiro Paulo Henrique Santos de Souza já foi ouvido pelos policiais e acusa o passageiro de agressão – além de tê-lo arremessado na água, o homem teria tentando dar um chute no seu rosto.
A agressão ocorreu após uma discussão que começou após a exigência do uso da máscara da embarcação. “Ele do nada me deu um empurrão. Me segurei para tentar me reerguer, ele me pegou pelas pernas e me jogou dentro d’água”, narrou o barqueiro.
Paulo Henrique foi até o Instituto Médico Legal (IML) na tarde desta segunda-feira (24) para realizar o exame de corpo de delito.
Em depoimento na 16ª DP, o barqueiro afirmou que trabalha em um hotel e que, na tarde de domingo (23), pediu que todos os passageiros colocassem máscaras. Acrescentou que um passageiro, identificado como Leonardo, questionou: ‘Qual é a necessidade de usar máscara no barco?”
A mesma pergunta teria sido feita outras vezes pelo passageiro, que o empurrou, segundo o barqueiro. Logo em seguida, de acordo com o depoimento, Leonardo pegou o barqueiro pelas pernas e o atirou na água.
Paulo Henrique conta que teve que desviar do motor do barco para não ser atingido gravemente. Ele diz ainda que, quando tentava voltar para a embarcação, Leonardo teria tentado chutar o seu rosto, o atingindo de raspão.
O veículo foi levado pelo passageiro até o píer e o barqueiro foi para o hospital Lourenço Jorge, também na Barra da Tijuca.
Sobre o caso
A presidente da associação de moradores, Luana Nogueira, disse que Paulo Henrique é um barqueiro que trabalha há muito tempo no condomínio e é extremamente educado e respeitoso com os moradores. Segundo ela, o agressor mora no Mediterrâneo Flat.
O homem apontado como agressor disse a outros hóspedes que o barqueiro teria destratado sua mulher, quando ela perguntou se poderia levar a máscara para seu marido.
O homem alega que, quando ele já estava dentro do barco com um casal de amigos, Paulo Henrique deu um tapa no console da embarcação e gritou: “Eu já disse que aqui tem que colocar a máscara”, e que toda a confusão teria começado a partir daí.
Paulo Henrique nega as acusações e disse que fez seus pedidos de uso da máscara “educadamente e com gentileza” aos passageiros.